O que é o sono? Porque dormimos? Por quê sentimos sono?
O sono é fundamental para a sobrevivência do ser humano. O sono existe como uma função reparadora, é um estado da vida, que alterna com a vigília, com o estar acordado, temos um ciclo natural de noite e dia nas 24 horas do dia e um ciclo de sono e vigília, sono e despertar que se enquadra neste ciclo claro-escuro de 24 horas. O sono tem a função de conservação de energia, de descanso, reparação dos sitemas do organismo. Existem, também, teorias sobre a função dos sonhos, como estimular o crescimento cerebral, apagar memórias indesejáveis e consolidar a memória.
Através de pesquisas, e de um instrumento diagnóstico chamado de polissonografia muito se descobriu sobre as fases, sobre a arquitetura do sono. Sabe-se que o sono não é um estado homogêneo e que há dois estados de sono.
O sono mais importante é o sono em que ocorrem movmentos rápidos dos olhos e durante o qual sonhamos. Por suas iniciais em inglês, “rapid eye movements”, este sono é chamado REM. Apesar de ocupar apenas 20% do sono de um adulto o sono REM (R) é tão importante que o restante é chamado de sono Não-REM. O sono Não-REM (N), a partir de 2007, passou a ser dividido em apenas três estágios: N1, N2 e N3.
Qual o número correto de horas de sono que necessitamos?
O tempo ideal de sono é muito variável, na média 7 a 8 horas no adulto, com uma variação de 6 a 9 horas. A mehor aferição do tempo correto de sono é saber como a a pessoa acorda após umc erto núpmero de horas de sono, se a pessoa dorme 6 horas e acorda bem, descansada, e passa o dia todo bem é sinal de que aquele numero de horas é suficiente.
O relógio biológico e os ritmos biológicos
Os horários de sono e de vigília são em parte condicionados pela adaptação de cada animal. Os que são mais adaptados a viver de dia, dormem à noite, e vice-versa. Entretanto, as pessoas vivendo algum tempo em cavernas, sem nenhuma comunicação com o exterior, apresentam ritmos um tanto variados.
Na maioria dos casos, seus ciclos são de 24 a 28 horas, mas em alguns, pode alcançar até 50 horas. Na vida diária não ocorrem estas variações, pois, além do sol, existem indicadores de tempo, como a hora de comer, de trabalhar e de dormir, ditadas pelo relógio, que forçam o organismo a seguir o medidor de tempo social.
Algumas pessoas podem perder-se destes indicadores e passar a apresentar doenças. Aposentados que moram sozinhos são um exemplo. Sabe-se que as pessoas com ciclos maiores que 24 horas podem sofrer mais ansiedade e ter dificuldades em levar uma vida normal. Estão se tornando conhecidos os problemas que sofrem os trabalhadores que fazem trocas de turnos e pessoas que não mantêm uma rotina regular. Acabam perdendo seus indicadores de tempo e desenvolvendo insônia e desadaptação de difícil tratamento.
Estágios do sono
Quando se inicia o registro de um exame de polissonografia, o indivíduo ainda está em vigília. O sono inicia com o estágio 1. Poucos minutos depois, ele avança para estágio 2 e em torno de 20 minutos passa para estágios 3 e 4. Esses estágios podem ser classificados juntos como sono de ondas lentas (SOL) e são os estágios de sono mais profundo. O SOL ocorre mais na primeira metade da noite. Por isso, é difícil acordar alguém que adormeceu há pouco.
Existem ciclos normais no sono. Uma hora e meia após o indivíduo ter adormecido ele apresentará um primeiro e curto período de sono REM. Isto se repetirá a cada noventa minutos e a cada novo período o sono REM será mais longo. Pela manhã, os estágios 3 e 4 de sono profundo ficam mais raros e os períodos de sono REM se ampliam, podendo durar até uma hora. Por isso, lembramos mais fácilmente os sonhos da manhã. Ocorre,no entanto, com bastante frequência uma desorganização desta arquitetura do sono.
Sonhos
Os sonhos ocorrem no sono REM e não devem ser necessariamente lembrados. A lembrança de sonhos exige que haja um despertar durante o sonho pois a memória só funciona após 5 minutos de vigília. Uma pessoa que dorme bem e tem um sono tranquilo, calmo, pode nunca lembrar de um sonho. Na fase de sono REM o corpo entra em atonia, ou seja, o corpo fica relaxado, paralizado. Distúrbios do sono podem gerar a perda do mecanismo da atonia e o paciente representar fisicamente os sonhos, causando até acidentes noturnos, como na síndrome comportamental do sono REM.
Despertares, breves intrusões de vigília durante o sono normal ocorrem sem que haja recuperação da consciência ou memória, por isso normalmente não lembramos dos despertares curtos noturnos,chamados também de microdespertares. Podem ocorrer cerca de 30 a 60 vezes por noite, quando se muda de posição ou se arruma as cobertas, sem que se lembre disso pela manhã. Os movimentos ocorrem nas trocas de estágio e nos estágios de sono mais superficial.