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admin on 27/05/2010 in
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Dr Mario Peres fala à Folha sobre uso de analgésicos para enxaqueca e dor de cabeça RACHEL BOTELHO DE SÃO PAULO 27 de maio de 2010 Para conseguir suportar as dores de cabeça que a atormentam dia sim, dia não, desde os 15 anos, a advogada Vanessa Balan, 33, recorre logo aos analgésicos. Sempre que o remédio deixa de fazer efeito, troca de marca ou princípio ativo. Nas crises mais fortes, consome até três comprimidos por dia. Ela e muita gente. Em 2009, os brasileiros destinaram mais de R$ 1,5 bilhão para a compra de dipirona, aspirina e ibuprofeno, alguns dos analgésicos mais vendidos. Equivale a mais de 120 milhões de embalagens, segundo o IMS Health, que audita o mercado farmacêutico. O uso abusivo e a automedicação levaram a Anvisa a suspender a exposição dessas drogas nas gôndolas. No caso da dor de cabeça, o problema é mais grave, porque essas drogas têm efeito rebote: quanto mais a pessoa toma, mais dor tem. Uma análise de estudos publicada no “British Medical Journal” mostra que a ingestão em 15 dias do mês é suficiente para causar o efeito. Cerca de 7% da população tem cefaleia crônica. É o grupo que sofre de dor mais de 15 dias ao mês -e está sujeito ao abuso de analgésicos. O efeito rebote parece ser desencadeado pelo uso regular dessas drogas: tomar um comprimido todos os dias é mais arriscado do que ingerir três uma só vez por semana. “A cefaleia de rebote também é comportamental. A ansiedade e o medo de ter dor trazem mais dor, não é só o uso do analgésico”, diz o neurologista Mario Peres, do hospital Albert Einstein. SEMPRE NA BOLSA O uso abusivo provoca efeitos colaterais, como hipertensão, gastrite e hepatite -além de dependência psíquica. Que o diga Vanessa: “Se não tiver o remédio na bolsa, já fico...